Com objetivo de aprimorar e padronizar as ações voltadas ao controle do morcego da espécie Desmodus rotundus, foi realizado entre os dias 24 e 27 de junho, no município de Colorado do Oeste, um treinamento sobre captura de morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue). Os animais são os principais transmissores da raiva para o rebanho (bovinos, equinos, caprino, ovinos e suínos).
O treinamento, que também complementou as atividades de saneamento do foco de raiva em Colorado do Oeste, aconteceu por inciativa da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), por meio da Gerência de Defesa Sanitária Animal e do Programa de Educação Sanitária da Idaron, com apoio da Supervisão Regional de Vilhena. O trabalho de educação continuada foi aplicado para 10 profissionais da regional de Vilhena. A atividade de controle da população de morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus é autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para ser realizada pelos órgãos de defesa agropecuária, como é o caso da Idaron.
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a iniciativa de aperfeiçoamento das ações preventivas e de reciclagem de conhecimentos, por meio da educação continuada deve ser permanente. “A medida que avançamos, sempre surgem novas tecnologias e atividades científicas que podem contribuir para evolução do trabalho que os técnicos executam e o governo do estado tem investido em ações para capacitar os profissionais”, ressaltou.
De acordo com o coordenador do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros, Ney Carlos Dias, o treinamento foi realizado em Colorado do Oeste porque, há poucos meses, a Agência confirmou a ocorrência de foco de raiva, na região. “Como o morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus é o principal transmissor desta doença para o rebanho, em todas regionais da Idaron há equipes treinadas para o controle da população da referida espécie. Por se tratar de uma zoonose (doença transmitida de animais para o homem) grave, que fatalmente leva à morte do animal contaminado, é preciso ter todo um cuidado durante a atividade de captura do morcego, observando-se principalmente, os cuidados de biossegurança, como o uso de EPI”, explicou.
O assistente estadual de fiscalização agropecuária da Idaron de Ji-Paraná, Espedito Jamerson Luna, um dos instrutores do treinamento, doutorando na área de biodiversidade e biotecnologia do Programa Bionorte, destacou a relevância da padronização das atividades de controle da população do Desmodus rotundus em área de foco e perifoco de raiva, como aconteceu no município de Colorado do Oeste.
“Iniciamos com a parte teórica, abordando as questões biológicas e comportamentais do morcego e, nos dias seguintes, fomos para a parte prática, identificando os abrigos dos morcegos e fazendo o controle populacional”, explicou o instrutor.
Segundo a coordenadora do Programa de Educação Sanitária, Rachel Barbosa, o trabalho conjunto deve ser estendido a outras regiões do estado, como forma de uniformizar as ações de vigilância e controle da raiva dos herbívoros domésticos, incluindo a padronização dos formulários e relatório de atividades.
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