O Ministério de Minas e Energia afirmou que tem conduzido análises sobre a pertinência ou não do retorno do horário de verão em 2023. A medida, que foi adotada pela última vez em 2019, ainda está sendo analisada pelo Governo Federal.
"Com o relevante crescimento da micro e minigeração distribuída, percebeu-se um retorno do período de ponta para a noite, que tenderia a se reduzir com a adoção da política", afirmou o ministério em nota.
O aumento de consumo em determinados horários do dia e as condições energéticas do Sistema Interligado Nacional são alguns dos fatores que estão sendo levados em consideração. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao assumir seu terceiro mandato, fez uma enquete em suas redes sociais perguntando sobre a volta do horário de verão, e a maioria das pessoas que participaram opinaram a favor.
O horário de verão tem o objetivo de reduzir o consumo de energia nos horários de pico, aproveitando o maior período de luz natural durante os dias, que são mais longos no verão. A mudança de horário ocorria entre os meses de outubro e fevereiro, quando os relógios eram adiantados em uma hora pelo horário de Brasília. No entanto, nos últimos anos foi registrado uma mudança no comportamento de consumo de energia da população, transferindo para a tarde o maior consumo diário de energia. Com isso o horário de verão deixou de produzir os resultados para os quais essa política pública havia sido formulada e foi suspenso.
O ex-presidente Michel Temer, ao assumir o governo, já estudava suspender a medida, mas foi o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2019, que declarou a suspensão do horário de verão, com o argumento de que o setor elétrico não tinha mais resultados com a mudança devido ao novo padrão de consumo de energia e os avanços tecnológicos.
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