Nos últimos dias, Rondônia tem sido fortemente impactada pela fumaça proveniente das queimadas que assolam o estado e regiões vizinhas. Nesta quinta-feira, a situação se agravou a ponto de o Aeroporto Internacional de Porto Velho ser fechado devido à densa cortina de fumaça que cobriu a capital, impossibilitando as operações de voo e obrigando o desvio e cancelamento de vários voos.
Explosão de queimadas em Rondônia
Os números são alarmantes: Rondônia registrou 1.856 focos de queimadas nos primeiros 15 dias de agosto, superando os 1.715 focos registrados durante todo o mês de agosto do ano passado. A combinação de um longo período de seca e a vegetação extremamente seca criaram um ambiente propício para a propagação rápida do fogo, contribuindo para a situação crítica que se desenrola atualmente.
Interdição no aeroporto de Porto Velho
Na manhã desta quinta-feira, a densa fumaça obrigou o Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira de Oliveira, em Porto Velho, a interromper as operações, com quatro voos sendo desviados e outros quatro cancelados. Em nota, o aeroporto informou que "os pousos e decolagens estão funcionando por instrumentos", o que significa que as operações estão sendo realizadas através de sensores que guiam os pilotos com precisão e segurança, mesmo sem visibilidade.
Qualidade do ar em níveis críticos
A situação da qualidade do ar em Porto Velho segue em níveis críticos nesta sexta-feira. O valor de PM2.5 registrado foi de 335,9 µg/m³ as 08h30 da manhã, muito acima do limite considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse nível de poluição corresponde a um US AQI de 521, um índice classificado como perigoso e que indica um risco significativo para toda a população, com potencial para causar graves problemas de saúde, mesmo em exposições de curto prazo.
Impactos na saúde e medidas de proteção
A exposição a esses níveis de poluição pode provocar sintomas como irritação nos olhos, nariz e garganta, dificuldades respiratórias entre outros problemas graves de saúde. As autoridades recomendam que toda a população evite atividades ao ar livre, e que grupos sensíveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas, permaneçam em ambientes fechados com purificação do ar. O uso de máscaras N95 pode ser necessário para proteção adicional.
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