A Promotoria de Justiça de Rolim de Moura coordenou uma reunião com representantes da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e do município para tratar da suscetibilidade de inundações na área urbana e de expansão do município.
A Promotora de Justiça Maira de Castro Coura Campanha teceu alguns comentários acerca do resultado do estudo realizado pela UNIR sobre o tema, fruto da demanda surgida em uma reunião anterior. O levantamento proporcionou um mapeamento de toda a área de contribuição e de risco de alagamento provocado por enchentes em Rolim de Moura.
O estudo evidenciou que boa parte do problema decorre principalmente do baixo relevo, da hidrografia e de ações que comprometem a permeabilidade do solo, seja por conta de urbanização, seja pela predominância das pastagens. Situação que contribui para enxurradas, aumentando o volume e a velocidade com que as águas se movimentam em direção a rios e igarapés que chegam até o município.
A pesquisa também apontou os pontos críticos, principalmente em igarapés na área urbana, bem como os pontos de maior vulnerabilidade.
De acordo com o Professor dr. Jhony Vendruscolo, da Universidade Federal, o estudo apontou 15 (quinze) sugestões de baixo custo que podem ser tomadas pelo poder público para minimizar as consequências de enchentes e, por conseguinte, também contribuir para a escassez hídrica. Dentre elas estão a implantação de parques e bosques em pontos estratégicos, que funcionam como barreira natural, auxiliando a permeabilidade da água; recuperação de APPs; plantio de árvores e orientações técnicas produtivas que podem auxiliar o homem do campo.
A integrante do MP reforçou a necessidade de dar continuidade à discussão, com uma nova reunião, desta vez com proprietários rurais, para informá-los, orientá-los e conscientizá-los, juntamente com os políticos e representantes de entidades e instituições, sobre a importância da união de esforços para fazer frente ao problema, que é recorrente no município.
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