Em reunião com o ministro do Trabalho, Luis Marinho (PT), representantes de centrais sindicais apresentaram uma proposta conjunta de uma política nacional de valorização do salário mínimo. Se aceita, a nova regra pode indicar como o valor dos pagamentos será determinado nos próximos anos (2024, 2025 e 2026).

Geralmente, os centros exigem que o governo federal determine o valor do salário mínimo com base em dois elementos.

• Inflação no ano anterior;
• PIB dos anos anteriores.

Além disso, os centros também estão pedindo ao governo que aplique um aumento adicional de 2,4% ao ano. Os sindicalistas acreditam que esta seria a melhor maneira de o salário mínimo recuperar seu poder de compra depois de alguns anos sem qualquer tipo de aumento real de valor. Ano após

Centros buscam ajuda do governo

Por meio de documento publicado pelas centrais sindicais, ficou acordado que o pedido seria entregue ao ministro Luis Marinho, e que ele deveria transmitir a ideia ao presidente Lula.


“Com essa política de estimativa e supondo que o PIB cresça igual ou abaixo da média histórica desde o plano real (2,4% ao ano), serão necessários 28 anos para retornar ao valor real do salário mínimo no ano de sua criação”, diz o texto.

“ALÉM DISSO, SERÃO NECESSÁRIOS 34 ANOS PARA QUE ATINJA 50% DO SALÁRIO MÍNIMO EXIGIDO PELO DIEESE (R$ 3.273,89). Desta forma, garante-se que no final do período de política, independentemente dos ciclos económicos, será atingido o valor fixado, o que ocorrerá mas rapidamente com a aplicação do aumento real do PIB nos anos em que cresce acima dos 2,4% ao ano.”

Definição de salário mínimo

Em entrevista em fevereiro passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu que o salário mínimo seria elevado ainda este ano. Segundo ele, o nível passará de R$ 1.302 atualmente para R$ 1.320 a partir de maio.

“Já combinamos com os movimentos sindicais, com o Ministério do Trabalho, com o ministro Haddad, que em maio vamos reajustar o valor do salário mínimo para R$ 1.320”, disse Lula na época.

É importante ressaltar que esse aumento só será válido para este ano. A nova regra da Política Nacional de Avaliação será implementada a partir de 2024.

“Vamos estabelecer uma nova regra básica, levando em conta, além de substituir a inflação, o crescimento do PIB, porque é a forma mais justa de distribuir o crescimento da economia”, acrescentou o presidente.