O preço do arroz importado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) será tabelado. O quilo será vendido a R$ 4. A Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) criticou a compra internacional pelo governo federal.
A portaria publicada autoriza a Conab a comprar 300 mil toneladas de arroz, podendo gastar até R$ 1,7 bilhão com a importação do alimento. O produto terá um rótulo do governo federal.
“O arroz vai chegar com a embalagem com o preço destinado porque tem uma subvenção do governo. O governo está fazendo isso para controlar o exagero de preço, a especulação financeira, de 30 a 40% em trinta dias. Não é concebível uma situação como essa. Ele deve chegar às gôndolas dos supermercados, eu acredito, a partir de 30, 40 dias”, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
Frente parlamentar alega propaganda
O uso da marca do governo federal na embalagem do arroz é classificado como propaganda e abuso de poder político pela Frente Parlamentar da Agricultura. Em resposta, o presidente da Conab, Edegar Pretto, destacou a necessidade da iniciativa.
“É necessário colocar uma embalagem especial porque esse arroz já está determinado. É uma decisão do governo de que não será vendido ao consumidor por mais de R$ 4 o quilo”, pontuou Pretto.
O arroz importado será destinado a pequenos varejistas e mercados. A Conab deve estabelecer um limite máximo de venda por comprador e por consumidor.
Governo quer evitar especulação
O governo afirma que optou por importar o produto para evitar especulação de preços depois das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. O estado é responsável por 60% da produção nacional de arroz. Por outro lado, segundo produtores, a decisão foi precipitada, já que cerca de 90% da safra foi colhida antes das chuvas.
Nas prateleiras, já houve reflexo. Entre os dias 25 de abril e 28 de maio, o valor médio do pacote de 5 kg de arroz, do tipo 1, subiu de R$ 22,90 para r$ 25,49, uma alta de 11,31%.
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