O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu pagar R$ 9 bilhões em emendas do orçamento secreto por intermédio dos ministérios das Cidades e da Integração Nacional e Desenvolvimento Regional.
Os valores foram negociados na gestação anterior e não foram pagos, porque o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou as emendas como “inconstitucionais”.
Agora, Lula decidiu pagar as emendas que durante a campanha eleitoral chamou de “corrupção” e o fez sem dar transparência à negociação.
Do valor autorizado pelo Palácio do Planalto, apenas R$ 333,6 milhões já foram quitados, os demais serão feitos atendendo a pedidos dos parlamentares. Essa é uma tentativa de acalmar o Congresso e, quem sabe, ganhar apoio para aprovar projetos importantes.
Até o momento, o governo teve derrotas representativas como a derrubada das mudanças do marco legal do saneamento e o adiamento do Projeto de Lei 2630/2020.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), esteve com Lula pessoalmente para cobrar o pagamento das verbas “penduradas”. Mas além dos deputados, o Senado também tem direito a valores e o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), indicou que esses valores também poderão ser liberados.
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