O primeiro relatório do Operador Nacional do Sistema (ONS) sobre as investigações do apagão ocorrido em 15 de agosto destacou que geradores não forneceram informações precisas sobre o desempenho de seus equipamentos. Por conta disso, o planejamento e a operação do sistema, que são diariamente baseados em dados enviados pelas empresas, foi comprometido.
O ONS não identificou as empresas ou fontes específicas – hidrelétricas, termelétricas, eólicas ou solares – que forneceram dados discrepantes e ressaltou que, devido à complexidade do evento, as análises estão em andamento.
Desde o apagão, medidas foram implementadas para alterar a operação, dando maior peso às hidrelétricas para conferir maior estabilidade ao sistema. Especialistas do setor elétrico afirmam que os dados são fundamentais para o correto funcionamento do setor.
A precisão dos dados é crucial, uma vez que dados incorretos foram uma das causas do histórico apagão de 2001, que resultou em racionamento de energia. O relatório do ONS sobre aquele evento, conhecido como “relatório Kelman”, identificou problemas semelhantes de dados incorretos como um dos fatores do apagão.
O ONS compartilhou as informações após uma reunião com representantes do setor para iniciar a elaboração do Relatório de Análise de Perturbação (RAP). Mais de 1.000 profissionais participaram do evento online, e uma nova reunião está agendada para 1º de setembro.
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