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Ex-presidente negou que tenha agido ilegalmente nos casos das joias e dos cartões de vacina

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Em meio aos diversos depoimentos prestados recentemente à Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse estar sendo alvo de “perseguição” e que não há motivos para que sua prisão seja decretada. As afirmações foram feitas em uma entrevista publicada no site da revista Veja nesta sexta-feira (19).

Ao veículo, Bolsonaro respondeu perguntas sobre as investigações a respeito das joias que vieram da Arábia Saudita e sobre a suposta fraude em cartões de vacina contra a Covid-19. O ex-chefe do Executivo também falou sobre o tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, sobre quem ele diz que nunca teve “nenhum motivo para desconfiar”

Ao ser questionado sobre um possível constrangimento no fato de ter prestado três depoimentos após retornar ao Brasil, Bolsonaro respondeu que é alvo de uma perseguição que, segundo ele, não era esperada que ocorresse nos moldes atuais. O ex-presidente exemplificou a declaração com o vazamento quase que imediato de sua oitiva na Polícia Federal na última terça (16).

– O pessoal está vindo para cima de mim com lupa. Eu esperava perseguição, mas não dessa maneira. Na terça-feira, nem tinha deixado o prédio da PF ainda e a cópia do meu depoimento já estava na televisão. É um esculacho. Todo o meu entorno é monitorado desde 2021. Quebraram os sigilos do coronel Cid para quê? Para chegar a mim – ressaltou.

Já ao ser perguntado se teria receio de ser preso, o ex-chefe de Estado respondeu que “não há motivos para isso”, mas ressaltou o histórico recente da Bolívia, onde a ex-presidente Jeanine Áñez foi condenada a 10 anos de prisão sob a alegação de que teria promovido um golpe de Estado para derrubar o então presidente Evo Morales.

– É bom não esquecer o que aconteceu na Bolívia. A ex-presidente Jeanine Áñez assumiu quando o Evo Morales fugiu para a Argentina. Depois, o outro lado voltou ao poder, ela foi presa e condenada a dez anos de cadeia (…). Para ter algum motivo que justificasse isso, eu precisaria ter feito pelo menos 10% do que ele [Lula] fez. E eu fiz 0%. Algumas pessoas importantes, não vou dizer os nomes, já diziam antes de acabar o governo que querem me prender. Uma prisão light, apenas para me carimbar com a pecha de ex-presidiário – resumiu.

Bolsonaro também discorreu sobre o caso das joias recebidas de presente da Arábia Saudita e destacou que nada foi feito às escondidas, mas dentro da legalidade. O ex-presidente reconheceu, porém, que pode ter ocorrido um “excesso de iniciativa” para resolver a questão.

– Quando soube [das joias], paguei missão, deve ter sido para o Cid: “Vê se pode recuperar”. Depois vimos que tinha um ofício do MME [Ministério de Minas e Energia] buscando recuperar na Receita, então não foi nada no grito. Tem ofício, e-mail, tudo – reforçou.

Já ao abordar a questão da inserção de seus dados em cartões de vacinação, fato investigado na Operação Venire, da Polícia Federal, Bolsonaro disse que não há qualquer problema de sua parte nessa situação e denunciou uma possível parcialidade na apuração do caso.

– Da minha parte não tem problema nenhum. Eu não precisava de vacina para entrar nos EUA. A minha filha também não precisava de nada. Estão investigando essas fraudes de 2022, tudo bem. Mas ninguém está investigando aquela outra que aconteceu em 2021. Alguém entrou no sistema usando o endereço lula@gmail para falsificar meu cartão de vacina. O cara pode ser ligado ao PT. Por que não estão investigando? São parciais, na verdade – completou.

FONTE/CRÉDITOS: PLENO NEWS
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