A Central Estadual de Transplantes de Rondônia (CET/RO) demonstra um significativo aumento nas doações de órgãos em 2024. Com quatro doações já realizadas neste ano, o total chega a 61 desde o início do registro, em 2023, beneficiando mais de 100 pessoas que aguardavam na fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS).
A unidade opera com um serviço vital denominado Organização de Procura de Órgãos (OPO), dedicado a localizar potenciais doadores por meio do monitoramento de pacientes com suspeita de morte encefálica e oferecendo suporte às famílias nos hospitais.
O titular da Secretaria de Estado de Saúde, Jefferson Rocha, ressalta a importância desse serviço, afirmando: “A equipe desempenha um papel fundamental na promoção da doação de órgãos, no aumento das taxas de transplante e no fornecimento de apoio crucial às famílias dos doadores”.
SERVIÇO
A Organização de Procura de Órgãos de Rondônia (OPO/RO) oferece um serviço de doação 24 horas por dia, coordenado por enfermeiros plantonistas. Eles supervisionam todo o processo, desde a notificação da suspeita de morte encefálica até a cirurgia de captação, incluindo a validação do diagnóstico, a avaliação técnica da elegibilidade da doação e a entrevista familiar. A equipe também é responsável pela perfusão e acondicionamento dos órgãos, além de coordenar o transporte e o embarque dos mesmos.
ATENDIMENTO
Os pacientes que buscam atendimento pela primeira vez ou necessitam de informações sobre doação e transplante podem se dirigir à CET/RO. Os profissionais estão disponíveis para oferecer esclarecimentos de forma informativa, clara e objetiva. O serviço inclui entrevistas individuais com pacientes e familiares candidatos ao transplante, além de estudos socioeconômicos.
A unidade está localizada na Rua Rafael Vaz e Silva, n° 3041, Bairro Liberdade, Porto Velho. Os residentes nos municípios abrangidos pelas Gerências Regionais de Saúde (GRS) de Ji-Paraná, Vilhena, Ariquemes e Rolim de Moura podem ser atendidos diretamente nas GRS, sem a necessidade de se deslocar até a capital.
Em Rondônia, são realizados transplantes de córnea. Para outros órgãos e tecidos, os pacientes são encaminhados via Tratamento Fora de Domicílio (TFD) para outros estados do Brasil, contando com uma equipe multidisciplinar para o pré e pós-operatório.
COMO SER UM DOADOR?
Para se tornar um doador, é fundamental comunicar seu desejo à família. No Brasil, a doação de órgãos requer autorização familiar. Existem dois tipos de doadores: o doador vivo, que pode ser qualquer pessoa disposta a doar, desde que não comprometa sua própria saúde; e o doador falecido, geralmente pacientes com diagnóstico de morte encefálica devido a catástrofes cerebrais, cujos órgãos são destinados a pacientes em lista única de espera, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.
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